VIDA E LIBERDADE

Maria Auxiliadora de Souza Brasil

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INTRODUÇÃO

A verdade, resultado do confronto da ideia, produto do pensamento, com a realidade, antecipa a liberdade, poder de fazer ou deixar de fazer algo, poder de pensar ou deixar de pensar algo. A liberdade do corpo é inexistente, pois, para o surgimento dele são necessários dois outros corpos que produzam e, durante todo o seu existir ele depende da comunidade na qual foi gerado, do mundo todo, enfim!

Procurando uma categoria para localizar o sentido do existir, cheguei à minha teoria do nada, ou melhor, à conclusão de que o nada é indefinível, e precisei me consolar com outros pensares, e me ocorreu pensar a liberdade de pensar, a única liberdade sem limites que o indivíduo realmente tem, e a liberdade de pensar o que de fato importa no existir, que são as religiões, o saber pelo saber e a saúde mental.

A liberdade de pensar é o objeto de minhas cogitações. Ela é ilimitada e incontestável. Pretendo pensar três dos inúmeros caminhos que o pensamento trilha, quais sejam os que tratam das teologias, conhecimento de Deus, das filosofias, conhecimento do saber, e das doenças mentais, psiquiatria. Espero ter lucidez suficiente para realizar tal intento, que continuo perseguindo desde sempre, que é a liberdade de ser.

Ao pensar as teologias, considerei os agrupamentos feitos pelos teólogos, que são a teologia afirmativa natural, aquela que trata o endeusamento do que é, cosmológica, e dos seres que são, antropológica, a teologia afirmativa revelada, aquela que trata a possibilidade de um contato direto com Deus, e a teologia negativa, mística, sem palavras, a atividade espiritual que aspira a conseguir a união da alma com a divindade.

Ao pensar as filosofias, respeitei a classificação dos filósofos, buscando acompanhar a filosofia racional, aquela que, apresentando sua versão individualista, postulava seus princípios, a filosofia intuitiva, aquela que deu ao ser humano um sentimento de religiosidade e a certeza da impossibilidade do conhecimento total, e a filosofia fenomenológica, aquela que afirmou que o fenômeno universo e o fenômeno ser humano no universo não são cognoscíveis nem na sua origem nem no seu destino.

Ao pensar as doenças mentais parti de um conceito matemático, da existência de quatro polos palpáveis, que, por assim dizer, explicam, grosso modo, as doenças mentais e o seu entrelaçamento entre elas, uma forma prática e compreensível até mesmo pelos leigos.

Estes quatro polos são denominados esquizofrenia e paranoia, no sentido horizontal dos raios, a partir do centro da circunferência, e melancolia e mania, no sentido vertical dos raios, também a partir do centro da circunferência.

Meu objetivo ao desenvolver o tema da liberdade é, não só descartar qualquer possibilidade do corpo de imaginar uma vida livre dos comprometimentos materiais que o prendem à vida comunitária, sem a qual sequer poderia existir, como também, afirmar que o pensamento é livre, que, com ele, podemos exercer o livre pensar e procurar escolher os caminhos possíveis para o nosso existir.

Para exercer o seu viver, o indivíduo necessita desenvolver seu espírito crítico e suplantar todos os embustes que a humanidade cria para impedir sua evolução e o exercício do seu livre arbítrio, desde que leve em conta os limites de sua liberdade de ser em face da liberdade de ser dos outros indivíduos. Ética e moral encontram-se bem claras nos princípios da Lei Mosaica, que explicitam o reto viver.

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